quinta-feira, 29 de junho de 2017

Yoga em casa

Como pretendo um dia dar aulas e preciso me aprofundar um pouco mais no estudo da Yoga, decidi mudar o método. Encontrei uma professora ótima de Iyengar Yoga que está me ajudando a conhecer melhor os ásanas e preparando meu corpo para um dia, quem sabe, eu conseguir arriscar as posturas mais avançadas. Está sendo divertido.

A propósito, estou conseguindo avançar muito na minha prática em casa. Quando comecei me enchia de dúvidas sobre a estrutura da aula, como começar e terminar. Agora, depois de muitas leituras e do curso da Unipaz, tenho feito sequências deliciosas.

Gosto de começar sentando em um bloquinho, arrumando a postura e cantando três vezes o mantra Om e depois mais três vezes um mantra de proteção. Depois faço um pouco de respiração (se não estiver com as vias aéreas entupidas, o que acontece muito…), as posturas que escolhi e termino com relaxamento. Se a fome não apertar ou eu não precisar ir correndo para o trabalho, faço um pouco de meditação usando o japamala. Sério, a qualidade do meu dia melhora muito quando consigo inserir yoga logo pela manhã.

Claro que agora, com o trabalho entrando numa zona de total desconforto, não vai ser tão simples manter a disciplina. Mas vou deixar para me preocupar com isso quando a situação ficar realmente periclitante.

Abaixo deixo um pequeno esqueminha de aula interessante que achei na internet, para quem já conhece um pouco de Yoga e se animar a praticar em casa (Maria, isso nem é uma indireta!..rs).

Ah, antes que me esqueça. No esqueminha a respiração fica mais no final. Mas gosto de usar uma lógica que aprendi. Pela manhã fazer a respiração primeiro porque ela é meio anestesiante e pode te deixar meio lerdinho para o trabalho. Então o melhor é fazer a respiração ao final à noite, porque já te prepara para um bom soninho. Fica a dica!


quarta-feira, 24 de maio de 2017

Pequeno ato revolucionário


Descobri há pouco tempo que o ato mais revolucionário de uma mulher é conseguir um tempo para ela. Não tenho a leviandade de dizer que as lutas pelas causas femininas têm menor importância, mas percebi como é desafiante estar em minha própria casa e querer tirar alguns minutos para ler, olhar pela janela, meditar, me interiorizar. Estamos envoltas em tantas obrigações com o trabalho, a casa, o marido, os estudos, que escolher dar um pausa parece até ofensivo.

Eu vejo o tempo todo as mulheres se esforçando para dar conta de tudo porque, se derem uma pausa, acham que o mundo vai desmoronar. Não vai. O mundo pode esperar. As pessoas que são dependentes de atenção integral vão aprender a se adaptar. Você vai perceber que postergar algo por um tempo para se dedicar ao que realmente importa é que é essencial. É clichê, mas é verdadeiro: a vida é curta demais para perder tempo com o que não importa.

Hoje eu me dou conta que o tempo que dedico a mim é o maior presente que eu posso dar a quem convive comigo. Depois de alguns minutos de yoga, meditação ou leitura, tudo flui com mais leveza. A ansiedade some, a irritação também.

Foi assim, em contato comigo, que senti o desejo de fazer algumas fotos para retratar o momento especial que estou vivendo. Em breve completo 36 anos e achei muito justo receber esse presente (que o Rodrigo lindamente concordou em me dar).

E, se quer saber, foi um dia muito especial. Senti como se fosse uma libertação do meu lado feminino. De repente percebi que boa parte da timidez que me acompanhava foi embora. Me diverti brincando de ser sensual nas atitudes mais prosaicas, sob o olhar bem atento do Rodrigo.

Percebi durante o todo o processo que sinto gratidão imensa por estar em uma fase da vida em que me sinto segura em minhas escolhas, em que despertei minha consciência para o mundo e passei a definir melhor as minhas próprias convicções, sem ter alguém que me dite as regras.

Não é pouca coisa. Não é um aprendizado qualquer.

Que venham os 36 anos!




segunda-feira, 6 de março de 2017

Desafios da nova alimentação

O tipo de alimentação proposta no curso de yoga é bem desafiante. Exige bem mais que esquentar a barriga no fogão - aliás, a ideia é ficar o mais distante possível dele! O que devemos é preparar os alimentos em temperatura ambiente e, principalmente, germiná-los para aproveitar o máximo de seu potencial e vitalidade.

A parte de germinação eu aceitei bem, mas ainda não consigo pensar em aderir a certos tipos de alimento sem cozimento. Até porque sou friorenta e sinto necessidade de comer coisas quentes o tempo inteiro! De forma que é melhor ir por etapas.

Alimentar de forma saudável requer um pouco de tempo e paciência. Comprei terra orgânica no supermercado e na semana passada me aventurei com a primeira “plantação” de girassol. Não saiu 100% bonitinho, mas está valendo. Acho que deixei as sementes por tempo demais mergulhadas na água e a raiz criou fungo. O broto cresceu normalmente e só aproveitei a metade do caule para cima. Bom, o importante é dizer que usei no suco verde e ainda estou viva (rs).

Cada tipo de grão tem seu tempo mergulhado em água. Acho que aí que reside um pouco da minha dificuldade. Porque numa vida sem rotina como a minha é difícil programar isso. No caso das ss sementes que dormem mergulhadas em água e no dia seguinte eu só escorro é muito fácil, como é o caso da lentilha. Mas o trigo, por exemplo, exige regas constantes durante o dia. E o que acontece se não estamos em casa para fazer isso? Conto depois (rs).

Mas nada disso me fará desistir. Até porque não tem outro modo de aprender essas coisas que não seja na prática. Já consegui a germinar a lentilha e essa semana o esforço é para ver o trigo crescer. Em breve teremos notícias!

Aqui tem uma ilustração do processo que encontrei no livro “Você sabe se Alimentar?”.

 




E aqui um site para quem quer conhecer mais sobre o assunto http://www.terrapia.com.br.

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O mais desafiador, porém, é seguir adiante com o propósito mesmo com tantos comentários negativos. Quando falo do meu novo estilo de vida alimentar (que, aliás, estou mudando bem vagarosamente) noto que causo uma certa comoção.

As pessoas parecem se sentir agredidas e é como se minha fala invalidasse o modo delas de viver. Muito louco isso. Há um grande esforço para mostrar como estou errada, fanática ou manipulada - mesmo que eu continue ainda tomando meus refrigerantes, comendo minhas pizzas e mantendo normalmente a vida social.

A maioria quer tratar como distúrbio (especialmente depois do comentário da Rita Lobo...rs) uma busca natural por uma vida mais saudável. Acham que é loucura quando, para mim, o mais louco é ver como as pessoas não contestam a alimentação contaminada e artificial das indústrias! Ok, já fui dessas de sobreviver de embutidos e enlatados, mas nunca achei que quem buscava uma alimentação saudável fosse manipulado. Minha preguiça de cozinhar nunca afetou desse modo o meu juízo.

Eu não desejo catequizar ninguém, mas como me sinto empolgada com o que estou aprendendo fico querendo dividir com todo mundo. Simplesmente não consigo me conter! Eu já vejo as mudanças positivas no meu corpo e quero que as pessoas que amo experimentem o mesmo. Mas em nome da boa convivência social já prometi me conter (rs).

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Yoga e alimentação


Aprendi uma perspectiva totalmente nova sobre alimentação no módulo desse fim de semana do curso de yoga da Unipaz. Eu já achava divertido estudar as propriedades dos alimentos e começar a inserí-los no meu cotidiano. Mas o ponto de vista espiritual é ainda mais rico. A yoga é quase uma poética da alimentação, do respeito com o nosso corpo e com o meio ambiente, da atitude sagrada diante do ato de comer.

O mais legal foi sair um pouco da teoria e ver tudo de perto. Experimentamos brotos germinados, suco de clorofila, colocamos a mão na terra, plantamos. E estou em estado de apaixonamento com o meu copinho de sementes de girassol! Meus planos mais ousados de vida no momento envolvem a compra de terra e de sementes e um modo de cultivá-los nos espaços mínimos do meu apartamento. Vai dar certo! (rs)

Eu já melhorei muito a minha alimentação desde que comecei a me dedicar ao assunto, mas o aprendizado parece que é infinito. Quando mais me conscientizo mais percebo o disparate que é culparmos o universo por nossas doenças quando tudo que fazemos é uma agressão ao nosso corpo. Não deixei de comer besteiras - ainda - , mas agora como com total consciência de que aquilo não me faz bem. E aos poucos vou mudando o que é preciso.

Para quem se interessa pelo assunto, livros recomendados pela teacher:

- Bontempo, M. Guia Prático da alimentação natural- Dietas, cardápios e receitas: uma abordagem médica. Best Seller, 2a edição, São Paulo, 1994.
- Cousens, G. A dieta do arco-íris: alimentação ideal para a harmonização corpo-espírito.
Record, Rio de Janeiro, 1986.
- Gonzalez, Dr. Alberto Peribanez. Lugar de Médico é na Cozinha. Artes Gráficas Edil, Rio de Janeiro, 2007.
- Soleil. Você sabe se alimentar? 7a Edição, Paulus, São Paulo, 1992.
- Soleil. Você sabe se desintoxicar? 4a Edição, Paulus, São Paulo, 1993.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Não há tempo a perder


O Rodrigo tem dessas. Ganha um livro legal por ser repórter de cultura e depois simplesmente se esquece de levá-lo para a casa. Eu já podia ter lido há muitos dias “Amyr Klink - Não Há Tempo a Perder”. Mas daí a adorável Lei da Sincronicidade não existiria, e o livro cairia na minha mão em um momento em que eu estaria pouco interessada em pensar sobre mudanças.

Então, assim como não há tempo a perder (o do título do livro), há o tempo certo para tudo acontecer. E o livro apareceu justo quando eu comecei a retomar as reflexões sobre a minha vida.

Tenho já há uns três anos tentado rever um pouco da minha trajetória e realinhá-la aos meus novos anseios. Não é fácil porque o medo do novo impera. E, no meu caso, um medo muito grande da instabilidade. Sim, já avancei muito no curso da vida sobre impermanência. Só que, quando tudo volta à normalidade, a gente teima em esquecer o que aprendeu.

Daí vem o Amyr Klink e fala disso tudo de um jeito tão sereno, tão sutil, tão cheio de sabedoria. Não tem como não se apaixonar. É até engraçado como ele calcula tudo minuciosamente para captar até os imprevistos, mas sabe que nem todo planejamento do mundo consegue dar conta deles. Na hora em que é necessário, ele sabe se desapegar do projeto e responder à vida conforme solicitado. Parece fácil, mas é difícil.

O que mais tem me encantado no livro - que ainda não terminei pois estou saboreando - é que só conhecia bem superficialmente seu lado aventureiro, sem saber de todos os seus sacrifícios para fazer tudo o que fez. Para quem acha que sabe tudo sobre liderança e trabalho em equipe, o livro não é nem recomendado - é uma leitura obrigatória mesmo.

E não tenho como deixar de admirar ainda um homem que é crítico dessa cultura distorcida do sucesso que hoje temos, que só enxerga a glória sem sacrifícios e humildade. Na verdade nesta cultura torta em que o sucesso precisa vir de qualquer jeito - mesmo como consequência de ações sem caráter. Não colaborou no cotidiano do barco e quer aparecer na foto da linha de chegada? Esquece! Adorei essa parte (rs)..

Nem foi assim tão jovem que ele decidiu dar adeus à burocracia bancária para cair mar adentro fazendo o que realmente era significativo para ele. Porque viver uma vida que ele não queria era o mesmo que a morte. E não fazer o que a gente gosta não é uma morte lenta? Ou a gente encontra prazer naquilo que já faz ou, se não é possível, parte em busca de novos horizontes. A qualquer momento da vida. É assim que ele pensa. Como não concordar?

Inspirador.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Experimentando o triatlo



Esta semana criei coragem e fui experimentar o triatlo na academia. É incrível como uma nova atividade estimula a gente em todos os sentidos. Não só na academia. Quando saio da zona de conforto para fazer algo diferente parece que ganho coragem até para enfrentar os desafios do cotidiano. Me sinto viva, animada, poderosa (não no sentido “diva” - ai que gastura!..rs), feliz.

Desde o ano passado ensaio começar mas só na terça-feira fui lá. Meu maior medo era de encontrar pessoas extremamente competitivas que ficassem se comparando com os colegas, mas me pareceu mais como nas aulas de yoga. Cada um cuida de si e o desafio é pessoal. Aliás a turma do horário do almoço me parece muito engraçada e unida. 

Mas não é tão fácil a dinâmica toda. Fico com a impressão que meu coração vai para a garganta, tamanho o esforço. E sou naturalmente propensa a algumas tonturas e sonolência, o que atribuo como médica de google (rs) à minha pressão baixa. Quando falei para minha mãe que que acabei me sentindo um pouco mal depois da aula ela disse: “claro, você não tem estrutura física para esse tipo de atividade”. Se é verdade eu não sei. Só achei engraçado o comentário, porque achei que ela me considerava mais atlética (rs).

Outra coisa boa do triatlo é que consigo voltar à natação sem pagar um pacote mais caro. E, puxa, como amo a natação! Se mais pessoas no mundo nadasse com certeza já teríamos fechado a fábrica de Prozac. Um dia vou propor um projeto de lei para que sejam construídas piscinas gratuitas em todos os bairros. Votem em mim!


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Ayurveda

O módulo desse fim de semana no curso de Yoga foi sobre Ayurveda, que é a filosofia médica oriental. Aprendemos sobre os doshas, que são as nossas constituições físicas e mentais relacionadas com os elementos naturais. Meu teste indicou predominância de Pitta, o que indicaria um perfil mais de liderança, mais autoritário e competitivo. Não entendi nada, pois isso é muito anti-Erika. Então decidi ignorar o teste (rs) e me autoproclamar Vatta que, vejam só, tem tudo a ver comigo: as pessoas desse dosha são ágeis, curiosas, com a mente sempre em movimento, memória curta (o que explica o fato de perdoarmos rápido..rs), inconstante e indecisa. Gente, essa sim sou eu!

O mais interessante de conhecer sobre os doshas é aceitar mais facilmente as características do nosso corpo. Na minha prática de yoga eu ficava achando que tinha de alcançar determinadas posturas, mesmo que não forçasse tanto naquele momento. Pensava que o fato de não estar conseguindo atingir a minha meta era simplesmente falta de treino (o que também deve ser considerado...rs). Mas existe outro componente mais importante, que é o nosso tipo físico. E Vatta pelo que entendi é um ser duro por natureza (rs), com pouca água no corpo, o que também explica porque minhas articulações estalam tanto! Depois de descobrir isso vou ficar mais gentil comigo nas práticas.

Outra coisa legal desse módulo é que tivemos de dar uma pequena aula para os nossos colegas. E, mesmo tímida, achei que me saí tão bem! Se eu começar a arriscar acho que poderei mesmo dar aulas quando terminar o curso. Já pensou que divertido? “Oi, sou Erika, assessora de imprensa e professora de yoga”.

Quanta empolgação...rs.