domingo, 19 de fevereiro de 2017

Yoga e alimentação


Aprendi uma perspectiva totalmente nova sobre alimentação no módulo desse fim de semana do curso de yoga da Unipaz. Eu já achava divertido estudar as propriedades dos alimentos e começar a inserí-los no meu cotidiano. Mas o ponto de vista espiritual é ainda mais rico. A yoga é quase uma poética da alimentação, do respeito com o nosso corpo e com o meio ambiente, da atitude sagrada diante do ato de comer.

O mais legal foi sair um pouco da teoria e ver tudo de perto. Experimentamos brotos germinados, suco de clorofila, colocamos a mão na terra, plantamos. E estou em estado de apaixonamento com o meu copinho de sementes de girassol! Meus planos mais ousados de vida no momento envolvem a compra de terra e de sementes e um modo de cultivá-los nos espaços mínimos do meu apartamento. Vai dar certo! (rs)

Eu já melhorei muito a minha alimentação desde que comecei a me dedicar ao assunto, mas o aprendizado parece que é infinito. Quando mais me conscientizo mais percebo o disparate que é culparmos o universo por nossas doenças quando tudo que fazemos é uma agressão ao nosso corpo. Não deixei de comer besteiras - ainda - , mas agora como com total consciência de que aquilo não me faz bem. E aos poucos vou mudando o que é preciso.

Para quem se interessa pelo assunto, livros recomendados pela teacher:

- Bontempo, M. Guia Prático da alimentação natural- Dietas, cardápios e receitas: uma abordagem médica. Best Seller, 2a edição, São Paulo, 1994.
- Cousens, G. A dieta do arco-íris: alimentação ideal para a harmonização corpo-espírito.
Record, Rio de Janeiro, 1986.
- Gonzalez, Dr. Alberto Peribanez. Lugar de Médico é na Cozinha. Artes Gráficas Edil, Rio de Janeiro, 2007.
- Soleil. Você sabe se alimentar? 7a Edição, Paulus, São Paulo, 1992.
- Soleil. Você sabe se desintoxicar? 4a Edição, Paulus, São Paulo, 1993.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Não há tempo a perder


O Rodrigo tem dessas. Ganha um livro legal por ser repórter de cultura e depois simplesmente se esquece de levá-lo para a casa. Eu já podia ter lido há muitos dias “Amyr Klink - Não Há Tempo a Perder”. Mas daí a adorável Lei da Sincronicidade não existiria, e o livro cairia na minha mão em um momento em que eu estaria pouco interessada em pensar sobre mudanças.

Então, assim como não há tempo a perder (o do título do livro), há o tempo certo para tudo acontecer. E o livro apareceu justo quando eu comecei a retomar as reflexões sobre a minha vida.

Tenho já há uns três anos tentado rever um pouco da minha trajetória e realinhá-la aos meus novos anseios. Não é fácil porque o medo do novo impera. E, no meu caso, um medo muito grande da instabilidade. Sim, já avancei muito no curso da vida sobre impermanência. Só que, quando tudo volta à normalidade, a gente teima em esquecer o que aprendeu.

Daí vem o Amyr Klink e fala disso tudo de um jeito tão sereno, tão sutil, tão cheio de sabedoria. Não tem como não se apaixonar. É até engraçado como ele calcula tudo minuciosamente para captar até os imprevistos, mas sabe que nem todo planejamento do mundo consegue dar conta deles. Na hora em que é necessário, ele sabe se desapegar do projeto e responder à vida conforme solicitado. Parece fácil, mas é difícil.

O que mais tem me encantado no livro - que ainda não terminei pois estou saboreando - é que só conhecia bem superficialmente seu lado aventureiro, sem saber de todos os seus sacrifícios para fazer tudo o que fez. Para quem acha que sabe tudo sobre liderança e trabalho em equipe, o livro não é nem recomendado - é uma leitura obrigatória mesmo.

E não tenho como deixar de admirar ainda um homem que é crítico dessa cultura distorcida do sucesso que hoje temos, que só enxerga a glória sem sacrifícios e humildade. Na verdade nesta cultura torta em que o sucesso precisa vir de qualquer jeito - mesmo como consequência de ações sem caráter. Não colaborou no cotidiano do barco e quer aparecer na foto da linha de chegada? Esquece! Adorei essa parte (rs)..

Nem foi assim tão jovem que ele decidiu dar adeus à burocracia bancária para cair mar adentro fazendo o que realmente era significativo para ele. Porque viver uma vida que ele não queria era o mesmo que a morte. E não fazer o que a gente gosta não é uma morte lenta? Ou a gente encontra prazer naquilo que já faz ou, se não é possível, parte em busca de novos horizontes. A qualquer momento da vida. É assim que ele pensa. Como não concordar?

Inspirador.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Experimentando o triatlo



Esta semana criei coragem e fui experimentar o triatlo na academia. É incrível como uma nova atividade estimula a gente em todos os sentidos. Não só na academia. Quando saio da zona de conforto para fazer algo diferente parece que ganho coragem até para enfrentar os desafios do cotidiano. Me sinto viva, animada, poderosa (não no sentido “diva” - ai que gastura!..rs), feliz.

Desde o ano passado ensaio começar mas só na terça-feira fui lá. Meu maior medo era de encontrar pessoas extremamente competitivas que ficassem se comparando com os colegas, mas me pareceu mais como nas aulas de yoga. Cada um cuida de si e o desafio é pessoal. Aliás a turma do horário do almoço me parece muito engraçada e unida. 

Mas não é tão fácil a dinâmica toda. Fico com a impressão que meu coração vai para a garganta, tamanho o esforço. E sou naturalmente propensa a algumas tonturas e sonolência, o que atribuo como médica de google (rs) à minha pressão baixa. Quando falei para minha mãe que que acabei me sentindo um pouco mal depois da aula ela disse: “claro, você não tem estrutura física para esse tipo de atividade”. Se é verdade eu não sei. Só achei engraçado o comentário, porque achei que ela me considerava mais atlética (rs).

Outra coisa boa do triatlo é que consigo voltar à natação sem pagar um pacote mais caro. E, puxa, como amo a natação! Se mais pessoas no mundo nadasse com certeza já teríamos fechado a fábrica de Prozac. Um dia vou propor um projeto de lei para que sejam construídas piscinas gratuitas em todos os bairros. Votem em mim!