sexta-feira, 29 de maio de 2015

A falta de noção de si mesmo



Entre piadas e frases de autoajuda, circula agora no meu Facebook um quadro que compara como seriam as pessoas felizes e as infelizes. As felizes seriam aquelas que sentem gratidão, não culpam os outros, perdoam, pensam positivo, querem que os outros vençam. As infelizes culpam os outros, sentem inveja, guardam rancor, criticam, fofocam. O quadro é sempre partilhado naquele tom de “eu sou feliz, você é infeliz”. Não pude deixar de pensar como tantas vezes falta noção de si mesmo.

Como eu gostaria de ser perfeita e saber que já cheguei no mais alto estágio do desenvolvimento humano. Mas, por mais difícil que seja, decidi encarar a realidade. E é ela que me faz perceber o quanto estou distante deste objetivo. Por outro lado, não ceder à tentação de me enganar (claro que nem sempre consigo), já me deixa um passo adiante no meu propósito.

No início da terapia isso era muito conflituoso para mim. Entrei em choque (sério!) quando descobri que não era perfeita e carregava um caminhão de negatividade. Notar isso me deixou ainda mais triste e desanimada comigo. Mas minha terapeuta me fez perceber a inutilidade desse tipo de sentimento. A saída é reconhecer seus defeitos, erguer a cabeça e sentir vontade de mudar.

Ainda estou no processo. Minha caminhada é lenta e gradual. Mas todos os dias acordo com o firme propósito de evitar a falta de noção sobre minha própria personalidade. Podem não ter notado mudanças externas, mas no meu coração eu sei que tudo já mudou.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Transição

É estranho, mas acho que estou migrando de ateia (ou agnóstica, depende da fase da lua) para espírita. Ou melhor, ligeiramente espiritualizada (na medida em que ganho e perco algumas batalhas contra meu lado lógico). A Ana Carolina me emprestou um livro espírita sobre um psiquiatra que fez trabalhos de regressão com uma paciente e de repente eu me vi acreditando seriamente no que lia. Faz todo o sentido com tudo que tenho lido, aprendido, vivenciado. 

Nessas horas não deixo de achar graça e lembrar do que minha irmã disse quando aprendi violão: “o Rodrigo vai te devolver, porque você fez propaganda enganosa (rs)”. A Erika espiritualizada era tudo que ele não esperava de mim!

Piadas à parte, achei muito bonito pensar que voltamos para a vida com uma missão e que nos relacionamos mais ou menos com as mesmas pessoas do nosso círculo. Supondo que seja verdade, me diverti pensando em conexões das vidas passadas. Tipo ser mãe do Rodrigo, filha da minha vó, irmã do meu pai...Ai, não presto, nem nas horas mais bonitas de expansão da consciência eu consigo levar algo a sério. É o tipo de coisa que deixaria a minha terapeuta enlouquecida (rs).