quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Respirações para dormir melhor

Se fazer os exercícios de respiração me deixam tão sonolenta, imagino que maravilha devem ser para quem tem problemas para dormir. E hoje, pesquisando um pouco sobre isso, descobri duas respirações específicas que prometem fazer cair no sono rapidinho. Testarei hoje à noite com o namorado estressado, logo depois de assistirmos todas aquelas séries violentas que adoro (sqn).


Respiração da abelha (ou Bhramari)


  • Pode se sentar no chão, em postura confortável, numa cadeira, ou ficar deitado na cama. Acho mais prático na cama, pois dali você já está pronto para dormir! Mantenha os ombros, pescoço e resto relaxados. Una o indicador e o dedo médio e os coloque em cima dos olhos. Os anelares são colocados em cima das narinas e os dedos mínimos sobre os lábios superiores. Os dedos polegares apertam os ouvidos suavemente.
  • Mantenha as mãos da forma descrita e inspire lenta e suavemente. Ao expirar, faça um faça um zumbido no palato da boca, para completar um ciclo respiratório (por isso chama respiração da abelha).
  • Concentre-se neste zumbido da respiração e fique assim pelo tempo que desejar. Ao final, descanse aos mãos ao lado do corpo.


Respiração lunar


  • Se achar que não vai conseguir fazer a respiração da abelha, pode tentar a respiração lunar. Essa eu já testei e aprovei, além de ser bem mais simples.
  • Para fazer essa respiração, tape a narina direita. Pode ser com o polegar, para facilitar. Inspire e expire pela narina esquerda. Faça a inspiração bem lentamente, dê uma pausa rápida e exale também lentamente. Retenha o ar por três ou quatro segundos e volte a respirar pela narina esquerda. Siga no seu ritmo.
  • Quando sua mente estiver calma e tranquila, deixa os braços ao lado do corpo.


Tem também essse vídeo ótimo que já usei inúmeras vezes e que, olha, vai te fazer dormir sim e com certeza!


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Livro "A Cura pela Meditação"



Comecei há pouco tempo no universo da meditação e confesso que não avancei muito em termos de técnicas. Por outro lado aprendi algo que considero mais importante, que é o estado meditativo ao longo do dia. Concentrar no que está fazendo, por exemplo, é meditar. Tente e veja como é verdade. Ao tomar banho conscientizar da temperatura da água, textura, sensações...tudo isso tira o foco da nossa mente tagarela. Essa tarefa não é muito fácil, mas mesmo o pouco domínio que tenho dela já me ajuda muito na vida.


Porém, contudo e todavia, também gosto de rituais. E, por isso, essa atitude medidativa para mim não substitui aquele ato tão bonito de perfumar o quarto, ajeitar o travesseiro, colocar uma música (uso o aplicativo Relax Oriental, muuuito bom!) e meditar. O duro é que ainda conheço poucas técnicas e, destas poucas, a maioria envolve mantras. E não fico muito confortável reproduzindo mantras em casa.

Essa longa introdução foi apenas para dizer que, depois de muito procurar, encontrei um livro muito bacana para quem pretende começar a se aventurar nessa maravilhoso universo. Chama-se “A Cura pela Meditação”, de Christopher Titmuss, e ensina técnicas para diferentes estados de espírito. Enfim, kit completo. E vem com alguns cards para inspirar a meditação. Ainda não estou na fase de testar os conselhos, apenas de lê-los, mas achei útil registrar a existência do livro. Dá para ler o primeiro capítulo neste link.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Um programa para dormir e dominar o estresse - vou testar no namorado estressado

Tá tudo errado! É o o que penso sobre nosso estilo de vida. Não vou opinar muito sobre isso agora, mas uma coisa que está muito torta e que temos de mudar é a aceitação passiva do estresse como algo totalmente natural. Não é. Não dá para viver bem e ser feliz sem um mínimo de qualidade de vida.


Vejo o exemplo dentro de casa que não podia ser mais emblemático: meu namorado, que é jornalista, tem dois empregos, se alimenta mal (ele jura que não, mas Deus tá vendo), sofre de profundo mau-humor, ama em demasiado o café, dorme tarde e acorda super cedo, adora assistir séries violentas antes de dormir (não satisfeito ainda me obriga a acompanhá-la). Céus, é a treva!


Ultimamente ele tem me pedido ajuda para tentar dormir melhor. Já chamei ele para fazer yoga, meditar, mas ele ainda não está nessa vibe. Acho justo, ninguém é obrigado a seguir o caminho que estou trilhando. Mas, como ele me pede, tento ensinar algumas respirações. Só que o estágio de estresse e ansiedade está tão avançado que nada ajuda. Então, inspirada em alguns manuais que tenho lido com muito amor e carinho, vou propor a ele um programa que começo a compartilhar por aqui só pela alegria de ver no que vai dar.


O programa é dividido assim:


  • Respiração (eu amo todas as técnicas, embora tudo me traga uma enorme sonolência...rs)
  • Relaxamento (e aqui os exercícios leves da yoga ajudam imensamente)
  • Meditação (não dá para ter paz com uma mente agitada)
  • Alimentação (puxa, aqui ainda tem um longo caminho de aprendizado pela frente)


Hoje à noite vou tentar o relaxamento. A primeira coisa que aprendi na terapia foi isso: a liberação de todas as tensões do nosso corpo. Para mim algo ficou muito nítido no início: como eu mantenho as mandíbulas travadas, forçando os dentes. Até hoje ainda me surpreendo fazendo isso. Para sair dessa a fórmula não é muito complexa: é preciso se concentrar em cada parte do corpo e ir comandando o relaxamento.


Então a proposta é colocar o moço rebelde deitado no chão, com as pernas afastadas, braços também afastados, olhos fechados e respiração livre. Depois ele vai precisar libertar os membros pensando o seguinte (gente, é esquisito mas funciona):


  • meus pés relaxam para fora;
  • meus tornozelos estão relaxados;
  • meus joelhos estão realmente relaxados;
  • minhas coxas estão suavemente relaxadas;
  • meus quadris estão relaxados e se acomodam perfeitamente sobre o chão;
  • meu estômago está relaxado;
  • meu peito se movimenta livremente com a respiração;
  • meus ombros repousam para baixo e para os lados;
  • meus braços relaxam através da ponta de cada dedo e os dedos estão relaxados;
  • meu couro cabeludo está relaxado;
  • minha face está muito relaxada;
  • meus olhos estão mergulhados na profundeza do relaxamento;
  • as linhas de preocupação estão suavizadas;
  • meus maxilares estão livres, a boca relaxada;
  • minha respiração flui livremente para todas as partes do meu corpo, levando saúde e energia a todas as células;
  • todo o meu corpo se relaxa,
  • e dentro deste esetado de harmonnia, o corpo e a mente descansam.

Relaxar os membros é algo muito importante, pois a conexão do nosso corpo com a mente é real. Eu, por exemplo, a cada sofrimento engavetado (sim, faço isso), comprimo o pobre do meu diafragma. E a terapeuta trava uma luta intensa para liberá-lo nas sessões.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O surreal primeiro dia de direção

Lembro que na época da faculdade uma amiga tinha de ir ao Rio de Janeiro e seria sua primeira viagem sozinha. Era para um teste profissional, se não me engano. Estava com medo e pensava em desistir da ideia. Me pediu um conselho. O que eu disse e funcionou foi: vai primeiro e pensa depois (isso só não é válido para relacionamentos!...rs).

E foi com esse mantra que ontem encarei a aventura (sim, aventura!) de dirigir sozinha, um dia depois de pegar minha primeira habilitação. Me sinto um pouco adolescente contando isso, mas o que se há de fazer? Quis o destino que eu só começasse a dirigir 16 anos depois d0 permitido.

Foi um dia engraçado. Primeiro meu pai me pediu para levá-lo até Campinas, o bairro mais difícil de Goiânia para transitar. Não fiquei nervosa mas ainda assim tinha medo de dirigir sozinha. Minha mãe me incentivou dizendo que o carro tinha seguro e que eu iria dar conta. Coragem define a minha mãe (rs).

Como sou da teoria de que só se aprende experimentando mesmo, respirei muito fundo e fui (obrigada terapia e yoga!). Na esquina da minha casa o carro apagou três vezes, mas não me dei por vencida. Consegui dobrar a esquina e me deparei com uma fila gigantesca de carros. Nessa hora ainda pensei: “dá tempo de voltar”. Mas não voltei. Com o coração na mão fui até a yoga.

Cheguei super bem depois do desafio mas, olha que prosaico, não consegui tirar a chave da ignição! Quando estava lá sofrendo um jornalista que eu conhecia mas não me conhecia parou na minha frente e pedi ajuda. Ele me acalmou e disse que isso acontecia com quem era experiente também. E não conseguiu tirar a chave do carro (rs). Chamou um amigo e deu tudo certo.

O engraçado nessa história toda é que pela manhã, antes mesmo de me conhecer, meu trabalho tinha sido objeto de análise na rádio em que ele trabalha. Não tive chance na hora de apresentar a minha versão dos fatos mas eis que de repente, não mais que de repente, ele surge na minha frente! Gente, isso é assustador! E ficamos BFF (rs). Expliquei pra ele o que precisava, nos despedimos e fui para a yoga.

Enquanto aguardava o início da aula recebo uma mensagem do meu instrutor de direção contando toda a minha história com a chave. Achei que tinha sido meu pai, que é um tantinho falastrão (rs). Mas para minha surpresa o jornalista falou de mim na rádio e o instrutor ouviu. Pedi para o jornalista mandar um abraço para o meu instrutor no ar.

Surreal!

Ah! E para terminar o desafio, também dirigi à noite sozinha. Até aí tudo bem, só para estacionar o carro é que tive dificuldade. Eu basicamente ocupei duas vagas...rs.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O fim prematuro da minha revista favorita

 Recebo um e-mail comunicando sobre o fim da Yoga Journal Brasil (http://www.yogajournal.com.br/). Parece namoro na adolescência: foi só eu me apaixonar para de súbito levar um fora. Conheci a revista quando comecei no universo da yoga, no ano passado. Fazia aulas da Dhyanna e, como sempre chegava um pouco mais cedo ou aguardava o táxi, ficava folheando as revistas. Pedia para levar para casa para ler com mais carinho e depois descobri que vendiam na revistaria. Mas a demora em chegar até a banca angustiava essa alma ansiosa...Decidi assinar. Porém...só recebi um exemplar…

Há uns dois meses não conseguiram imprimir a revista e recebi a versão impressa, no que achei muito carinhoso da parte deles. Como jornalista sei bem a realidade desse mercado cruel...Mas ainda tinha esperança de que a revista pudesse sobreviver. Mas não conseguiu, o que é muito triste.

Só me restaram agora dois créditos para aulas no site Abertamente. Gostei da solução, até porque conhecia o site mas nunca havia comprado nada. Vou ver como são as aulas e conto aqui se vale a pena. Mas fica o meu pesar pelo fim dessa revista linda que era como uma bíblia para mim. Diferente daquelas revistas que estamos acostumados - que, hoje penso, ensinam tudo de errado! -, a Yoga Journal falava de coisas amorosas, de consciência, presença, de uma relação menos cruel com o mundo e com o próprio corpo. Vai fazer falta. Espero que volte logo!

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Do piloto automático ao agir com consciência

Levei um susto quando descobri que praticamente a vida inteira eu funcionei no piloto automático. A minha falta de concentração - que me levou a ser carinhosamente descrita como “desastrada” - era sintomática. Minha cabeça estava ou  no passado ou mais rotineiramente no futuro, criando medos infundados e expectativas. O presente mesmo eu vivia pouco. Pensava que viver o presente era algo subjetivo, em que bastava nos enchermos de atividades diárias para que ele fosse preenchido. Mas não é bem assim. Eu posso estar numa praia paradisíaca e pensando como eu adoraria, no próximo ano, de voltar a essa praia paradisíaca para poder aproveitá-la mais. Uma loucura isso!


Feita esta pequena introdução, tenho me desafiado nos últimos dias a viver de uma forma mais plena, com consciência sobre todos os meus atos. É uma brincadeira interessante. Na cozinha, por exemplo, fico totalmente focada na atividade. E percebo como antes, no piloto automático, eu estava tão propensa a acidentes domésticos. Fazer as coisas conscientimente também tem me levado a repensar minhas escolhas. A questão do lixo, por exemplo, é algo que tem me preocupado. Percebo como sou adepta do desperdício e como gero diariamente uma quantidade enorme de lixo, sem pensar. Tenho certeza de que agora em diante meu consumo será diferente.

Até no trabalho o agir consciente muda tudo. Quando tenho uma tarefa a desempenhar, não fico pensando na programação noturna, na academia, no meu projeto de mestrado e ou no meu sonho de assistir a aurora boreal. Naquele período estou totalmente focada, me empenhando ao máximo pelo que precisa ser feito. Isso muda a vida. Você sente que, mesmo fazendo tarefas tão corriqueiras, está cheia de vida. Tentem. Sei que há um preconceito enorme em relação aos livros de autoajuda (eu era a primeira a criticar!), mas tem um livro ótimo que fala sobre isso que chama “O Poder do Silêncio”. Recomendo!