sexta-feira, 29 de maio de 2015

A falta de noção de si mesmo



Entre piadas e frases de autoajuda, circula agora no meu Facebook um quadro que compara como seriam as pessoas felizes e as infelizes. As felizes seriam aquelas que sentem gratidão, não culpam os outros, perdoam, pensam positivo, querem que os outros vençam. As infelizes culpam os outros, sentem inveja, guardam rancor, criticam, fofocam. O quadro é sempre partilhado naquele tom de “eu sou feliz, você é infeliz”. Não pude deixar de pensar como tantas vezes falta noção de si mesmo.

Como eu gostaria de ser perfeita e saber que já cheguei no mais alto estágio do desenvolvimento humano. Mas, por mais difícil que seja, decidi encarar a realidade. E é ela que me faz perceber o quanto estou distante deste objetivo. Por outro lado, não ceder à tentação de me enganar (claro que nem sempre consigo), já me deixa um passo adiante no meu propósito.

No início da terapia isso era muito conflituoso para mim. Entrei em choque (sério!) quando descobri que não era perfeita e carregava um caminhão de negatividade. Notar isso me deixou ainda mais triste e desanimada comigo. Mas minha terapeuta me fez perceber a inutilidade desse tipo de sentimento. A saída é reconhecer seus defeitos, erguer a cabeça e sentir vontade de mudar.

Ainda estou no processo. Minha caminhada é lenta e gradual. Mas todos os dias acordo com o firme propósito de evitar a falta de noção sobre minha própria personalidade. Podem não ter notado mudanças externas, mas no meu coração eu sei que tudo já mudou.

Um comentário:

  1. Eu vejo muitas mudanças!! E, engraçado, através do seu processo eu estou começando a perceber alguns dos meus defeitos também. O duro é conseguir fazer a roda girar p o outro lado :/

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