Estou estudando um pouco mais a filosofia indiana e confesso que tive um estranhamento tipicamente ocidental. De repente tudo me pareceu muito niilista, sem propósito, pessimista e negador da vida. Mas, segundo o livro que estou estudando, quem tem essa percepção é porque entendeu tudo errado!
A busca do Eu Verdadeiro que os indianos falam é algo muito complexo, difícil mesmo para nós ocidentais compreendermos. A impressão que tenho é que a filosofia exige uma entrega total, um abandono do mundo e do corpo, e não consigo entender porque alguém faria isso. Ainda tenho muito estudo e muita prática pela frente.
Mas ontem, em meio às minhas angústias, encontrei algo muito alentador. A filosofia também ensina que temos de agir no mundo ao invés de viver passivamente nele (como julguei estar entendendo). A diferença é que nós ocidentais somos muito apegados aos resultados, temos ânsia de vencer. E a filosofia indiana ensina a agir, entregar-se ao máximo, mas sem se apegar aos resultados.
Acho que com esse pensamento muita ansiedade vai embora, né?
Não se apegar é mesmo uma coisa boa. Viver intensamente seu amor, seu trabalho, suas amizades, mas também não se apegar à tristeza se nada disso der certo.
Me parece mesmo um bom modo de viver a vida.
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