terça-feira, 21 de julho de 2015

Faxina e aprendizado

ilustração: Huan Gomes

Desejava muitas mudanças na minha vida mas tinha forte resistência a elas. E vou falar aqui da que parece mais banal: a necessidade de encarar a tal da faxina. Não tem nem um ano a minha frase favorita era: prefiro encarar 10 horas no trabalho do que lavar um copo. E era a mais pura verdade. Já contava com a certeza de que, ao mudar de casa, deveria separar parte do meu salário para uma faxineira. Me incomodava exatamente a impermanência da coisa. Quer dizer, tem coisa mais chata do que passar uma vassoura na casa e no dia seguinte precisar fazer a mesma coisa? E a faxina tinha um forte paralelo com minha vida. Porque, para alguns assuntos, a impermanência era algo que eu simplesmente não podia aceitar. Mas aí vieram duas coisas boas. A primeira, com base em sofrimento, foi o ano do cavalo. A segunda, decorrente dele, foi a maturidade. Ah, eu amo a maturidade! Cada passo que dou em direção a ela é para mim motivo de muita alegria. Dentre tantos problemas que tenho de lidar, envelhecer não é um deles. Não me incomodam as rugas, a flacidez, se na contabilidade toda do processo vieram os aprendizados. Mas voltemos ao tema principal. Aos poucos compreendo melhor o sentido de impermanência e o valor terapêutico da faxina. E o que antes para mim era um sacrifício hoje chega a ser prazeroso. Como a energia flui melhor em um ambiente organizado! E como tudo fica mais difícil em meio ao caos. Hoje o momento da faxina é quase como uma meditação. Me concentro no trabalho e minha mente, sempre tão agitada, me dá um tempo. Isso não tem preço. Tem alguém que concorda comigo em um texto muito digno de ser lido. Se interessar clique aqui http://www.yogajournal.com.br/bem-estar/faxina-total/

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