domingo, 22 de março de 2015

Aprendendo a perceber a imaturidade



Tenho escrito muito sobre os livros da Eva Pierrakos porque realmente me identifiquei com os ensinamentos. Fui pesquisar no Google e vi que descrevem o método como esotérico. Embora realmente seja, há tanta lógica, sabedoria e Psicologia nele, que me parece um tanto estranho descrevê-lo assim.


Sempre peço para minha terapeuta indicar leituras porque assimilo melhor as informações quando leio. Foi ela quem me passou os livros da Eva Pierrakos. Mas também li Eckhart Tolle , ela me indicou o Trigueirinho (mas na livraria, ao ler alguns trechos, pareceu que eu não ia me identificar muito) e decidi ler por conta própria o Osho (que me pareceu muito pouco ortodoxo). De modo que decidi realmente ficar por enquanto com os livros da Eva. Comprei a coleção inteira, que não é muito grande.


E por que gosto tanto? Porque é um caminho que nos ensina a lidar com as emoções de forma mais madura, sem esperar que os outros mudem para que nossa vida fique melhor. Ensina que é saudável extravasarmos as emoções em vez de reprimi-las (e ensina também o modo e o momento certo de fazer isso), de observar pensamentos mais prosaicos, a não ter medo e vergonha do que não é bom na nossa personalidade, a entender as nossas projeções e tentação de sempre culpar o outro por aquilo que é responsabilidade nossa.


Fico pensando como o mundo seria mais palatável se os ensinamentos fossem seguidos por todos. Mas sei que cada pessoa tem um caminho diferente e por isso começo à resistir à tentação de fazer com que toda pessoa próxima a mim leia este livro. Aqui posso escrever à vontade, porque o blog é meu (rs).


Um dos capítulos mais interessantes do livro “Criando a União” é sobre a compulsão por recriar e superar as mágoas da infância. Tem de graça no site do Pathwork, mas ainda não evolui tanto tecnologicamente a ponto de ler textos longos na internet, por isso comprei o livro. Mas voltando ao capítulo, ele fala sobre como a gente tenta, na vida adulta, recriar condições parecidas com as da nossa infância para tentar vencê-las desta vez. Só que obviamente não funciona. Quando a gente pensa nisso com cuidado vê muitas situações assim, especialmente no relacionamento amoroso.


Embora tenha tido todo o amor do mundo, a criança sempre quer mais e do jeito dela e se ressente de algo que faltou. Eu considero que tive os melhores pais do mundo, mas descobri que a forma que eu tinha de chamar a atenção deles era tentando ser perfeita, obedecendo as regras e coisas do tipo. E até hoje eu sou assim, aquela que faz tudo esperando ganhar a estrelinha. E sempre foi imensamente frustrante não ganhar estrelinha. É um jeito totalmente errado de esperar ganhar amor. Foi libertador descobrir isso porque aos poucos começo a me livrar da minha ansiedade e de esgotar os outros (em especial as figuras de autoridade, como pais, chefes e professores) com a minha necessidade de atenção.


O livro está sendo ótimo para perceber quanta imaturidade ainda persiste. E eu, que pelo visto não devo ter problema de autoestima (rs), achava que era um dos seres mais evoluídos que eu conhecia. Mas estava tão, mas tão longe disso….E mesmo lendo o livro e sabendo o que é para fazer eu duvido muito que consiga nesta vida (rs). Pelo jeito, supondo que reencarnação exista, vou precisar de mais umas….10 ou 15 vidas.


Na última sessão a terapeuta disse que era muito legal eu ler estes livros, que era bacana eu ter esse lado intelectual, mas puxou levemente a minha orelhinha por continuar tentando resolver a vida com o meu lado mental. Por isso me indicou fortemente continuar com os exercícios da terapia (o que tenho feito religiosamente porque sou muito propensa às regras).


Para entender um pouco a necessidade destes exercícios tem o site do Dimas Calegari (aqui no link fala sobre terapia energética http://www.dimascalegari.med.br/artigooqueeterapia.htm). Além disso, contrariando um pouco minha terapeuta (rs), continuo firme nas aulas de yoga. Inclusive: pausa para o momento de empolgação com a meditação que a Maria Cristina e eu aprendemos na aula de yoga. Porque é tipo muiiiito linda. É doidona, mas é linda. Está naquele vídeo ali em cima.

Um comentário:

  1. Vou fazer mais uma tentativa de comentário rs acho que seu blog não gosta de mim, snif... Essa meditação é muito linda mesmo!!! E eu acho que está chegando a hora de eu ler esse livro :/

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