terça-feira, 24 de março de 2015

Eu Inferior, Eu Superior e Máscara



Ontem chegaram mais dois livros que eu havia encomendado: Não Temas o Mal e Entrega ao Deus Interior. Comecei pelo primeiro porque minha terapeuta havia comentado sobre ele na última sessão. Fala sobre como o mal “floresce” em nós sem que a gente perceba. Me lembrei daquele filme liiiiiiindo, A Fita Branca, que fala justamente sobre isso. Era meu preferido ao Oscar de filme estrangeiro, mas O Segredo dos Seus Olhos acabou ganhando (perdoei porque era lindo também).

Se eu tentar resumir do que se trata vai parecer muito superficial. Além disso, embora seja jornalista e tenha essa tendência, não posso me considerar uma especialista no tema com uma única leitura de um único capítulo (rs). Mas tenho falado muito sobre isso nas minhas sessões, porque procurei a terapia justamente para entender porque cargas d´água eu tomava algumas atitudes que eu sabia que iriam me prejudicar cedo ou tarde. Quem nunca? Repito: quem nunca?

Agora tenho aprendido sobre alguns conceitos básicos, que são: Eu Inferior, Eu Superior e Máscara (ou Ego). Fico escrevendo sobre isso e imaginando minha terapeuta tendo cinco infartos com tanta racionalização (rs). Mas convenhamos que quebrar padrões antigos demora um pouquinho, né?

Antes eu tinha tendência a pensar que o meu verdadeiro Eu era o inferior, ou seja, tudo que eu pensava de negativo e que as pessoas não faziam a menor ideia. Pensamentos tão negativos que, muitas vezes, nem eu mesma queria reconhecer. Este lado existe e é verdadeiro, mas é uma parte minha e não o meu todo. Gente, é tão libertador pensar assim. Tentem.

O Eu Superior é aquela parte genuinamente linda da gente. Não posso escrever muito sobre ele porque ainda tive pouco acesso. Brincadeirinha (rs). Mas é uma parte que a gente acessa quando a cabeça não está confusa, pensando em um turbilhão de coisas. É quando estamos tranquilos e calmos, serenos, felizes, sem culpa. Acho (foco no acho) que é aí que entram os exercícios e as respirações, que ajudam a acalmar a mente. Não é preciso nem ser tão esperto assim para perceber que uma respiraçãozinha mais profunda acalma mesmo.

A máscara, ah, essa é muito fácil! A máscara a gente criou para sobreviver. Porque descobrimos que sendo agressivos, egoístas, ou coisas do tipo, éramos punidos e afastávamos as pessoas. Então aprendemos como falsear nossos sentimentos verdadeiros para conseguir tudo o que queríamos das pessoas. De fato funciona. Mas a que preço! Agora sempre que faço algo pergunto minha verdadeira intenção. É um pouco angustiante perceber meus verdadeiros motivos, mas é assim que minimizo a tendência de usar a máscara o tempo todo.

Na verdade tenho só cinco meses de terapia e conseguir os resultados que almejo talvez demore anos. Mas como se diz na yoga: o importante é o caminho.

Agora, além de me analisar o tempo todo, fico só observando os outros (rs). E vejo que tão enganoso quanto usar a máscara para se safar é achar que o seu Eu verdadeiro é aquele agressivo, “sincero” (ou sincericida), que também não passa de uma defesa para afastar as pessoas e com isso evitar o sofrimento.

Como diria o Guia do livro: nada poderia estar mais errado.

Será que entendi tudo direitinho? Sigo na minha leitura. Sigo escrevendo aqui para apreender melhor o que estou lendo e vivendo. Sigo rezando pela paciência das minhas poucas (duas...hehehe) leitoras queridas (rs).


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