segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Do piloto automático ao agir com consciência

Levei um susto quando descobri que praticamente a vida inteira eu funcionei no piloto automático. A minha falta de concentração - que me levou a ser carinhosamente descrita como “desastrada” - era sintomática. Minha cabeça estava ou  no passado ou mais rotineiramente no futuro, criando medos infundados e expectativas. O presente mesmo eu vivia pouco. Pensava que viver o presente era algo subjetivo, em que bastava nos enchermos de atividades diárias para que ele fosse preenchido. Mas não é bem assim. Eu posso estar numa praia paradisíaca e pensando como eu adoraria, no próximo ano, de voltar a essa praia paradisíaca para poder aproveitá-la mais. Uma loucura isso!


Feita esta pequena introdução, tenho me desafiado nos últimos dias a viver de uma forma mais plena, com consciência sobre todos os meus atos. É uma brincadeira interessante. Na cozinha, por exemplo, fico totalmente focada na atividade. E percebo como antes, no piloto automático, eu estava tão propensa a acidentes domésticos. Fazer as coisas conscientimente também tem me levado a repensar minhas escolhas. A questão do lixo, por exemplo, é algo que tem me preocupado. Percebo como sou adepta do desperdício e como gero diariamente uma quantidade enorme de lixo, sem pensar. Tenho certeza de que agora em diante meu consumo será diferente.

Até no trabalho o agir consciente muda tudo. Quando tenho uma tarefa a desempenhar, não fico pensando na programação noturna, na academia, no meu projeto de mestrado e ou no meu sonho de assistir a aurora boreal. Naquele período estou totalmente focada, me empenhando ao máximo pelo que precisa ser feito. Isso muda a vida. Você sente que, mesmo fazendo tarefas tão corriqueiras, está cheia de vida. Tentem. Sei que há um preconceito enorme em relação aos livros de autoajuda (eu era a primeira a criticar!), mas tem um livro ótimo que fala sobre isso que chama “O Poder do Silêncio”. Recomendo!

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