Há duas formas de aprender sobre impermanência: meditando sobre o seu sentido ou vivenciando da forma mais dolorosa. Gosto de pensar que tenho a primeira alternativa à minha disposição. Mas, se é para ser sincera, confesso foi só quando estive prestes a perder algo muito precioso que a lição se fixou.
Não tem que ser assim com
todo mundo. Muito sofrimento pode ser evitado quando nos atentamos para
verdades tão simples. Nós buscamos incessantemente a estabilidade -
na família, na profissão, na conta bancária - mas um dia nos deparamos com essa
simples verdade: nada é imutável. Quantas teorias científicas que
pareciam tão bem embasadas não caíram por terra? Se a ciência é assim, imagina
a nossa vida.
A impermanência é uma lei
universal e basta refletir um pouco sobre ela para entender como é verdadeira.
Imagine-se há 10, 15 anos atrás. Quem você era? Onde morava? Com quem se
relacionava? Quais as pessoas que você temia que não fizessem mais parte da sua
vida e que agora se foram - e, para dizer a verdade, você nem sente tanta falta
delas?
Não digo que é fácil
perceber que aquilo pelo qual lutamos já não nos pertence mais. Deixar ir é uma
tarefa muito difícil - e os casos de violência contra a mulher (recheados com
boas doses de machismo) estão aí para mostrar que é preciso muita maturidade
emocional para entender essa dinâmica da vida. Mas pensar um pouco
sobre tudo isso pode ser uma boa maneira de evitar sofrimentos desnecessários.
Por isso deixo aqui uma
indicação de leitura muito legal sobre isso. É o livro “Meditando a
vida”, do Lama Padma Samten, que reflete sobre estes e outros
princípios do budismo. É um livro tão leve, gostoso e cheio de
sabedoria que seria uma pena não escrever aqui sobre ele.
O livro fala sobre as
práticas na vida cotidiana (é bom saber que a gente não precisa virar monge
para evoluir espiritualmente!), meditação, superação de crises e paz no
cotidiano. Vai fazer a diferença para quem começa a trilhar este caminho
de evolução espiritual.
Erika! Que tanto de postagem! Olha só, hoje é o dia da lua cheia que as pessoas fazem a meditação do Saressassa (foi a professora que falou rs ). Ela iria fazer lá na aula, mas como foram suspensas... bjo
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